quinta-feira, 3 de março de 2011

Transição

Sensação de euforia e ao mesmo tempo de ansiedade
Invade meus pensamentos, confunde os sentidos
Me pego sorrindo sozinha olhando para o nada, em stand by
As experiências emergem na tela mental
Tanta vivência e sinto o coração ainda como uma criança...
Sofremos a pressão dos condicionamentos
E ainda que sejamos pensantes, sucumbimos
Nos percebemos algemados às convenções comuns
Sobre como ser, como agir, como conceber o mundo
Na ânsia de ser aceito como é e ainda poder ter orgulho disso
Socorro! Pára, eu quero descer...
Nesta roda viva de emoções, a espontaneidade perde espaço
Para o jogo de quem se arrisca mais, de quem é mais habilidoso para ser flexível
E aprender todas as artimanhas da arte de conviver consigo e com os outros...
Diante deste paradigma me permito parar
E buscar na fé a coragem de me olhar por dentro
De me reconhecer digna de respeito, por mim mesma
Aceitar minha história, ter amor por ela
Continuar escrevendo as páginas deste livro mágico
Todos os dias, com determinação!
Eu quero mais, muito mais do que até hoje obtive
Porque agora me reconheço presente neste processo
 Sou atriz principal, deixei de ser a coadjuvante do meu destino
Tomei as rédeas da minha insensatez
Para fazer escolhas mais coerentes dentro desta transição
De expectadora para autora da minha própria felicidade.