quarta-feira, 18 de maio de 2011

“A felicidade não é deste mundo” É sim!

Durante muito tempo a vida vai passando
E nos vemos diante de tantos, tão iguais a nós...
Observamos as pessoas, as relações que elas estabelecem
Anestesiados ao senso comum,
Julgando estes enlaces como sorte do encontro, acaso
Que pensamos não ser algo tão extraordinário
Pouco nos importando de não vivenciar o que nos parece tão clichê...
Quanta tolice!
Menosprezamos com esta percepção míope o valor da nossa essência
Do propósito de Deus para os homens, que é a vivência do Amor!
No dia de hoje quero celebrar este sentimento
Que foi despertado de forma tão inesperada e surpreendente
Quando já me achava convertida na crença de que:
“A felicidade não é deste mundo”  É sim!
No meu processo de metamorfose eu recriei as condições
Eu abri as portas, sem perceber, para o novo
Liberei espaços, me despi da insegurança e do medo
Me permiti ser merecedora da admiração, do respeito, do cuidado
De quem descobriu em mim uma mulher de valor
Alguém que tem uma fonte de amor inexplorada
Recém-descoberta e jorrando gotículas de carinho todos os dias
Para regar a semente de uma vida a dois muito próspera
Que brotará os frutos maravilhosos desta nossa união.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Prontidão e Expectativa

Na leitura de um livro aprendi dois conceitos importantes
Que me fizeram refletir sobre minha visão da vida,
Sobre os ciclos que a compõe no decorrer dos anos
Demonstrando como eu me deixei levar
Por um turbilhão de anseios vazios...
Expectativa é criar parâmetros de atendimento
Para ser correspondida conforme padrões pré-estabelecidos
Pelas pessoas, num ambiente qualquer
Prontidão é sentir-se apto a dar e receber
É conscientizar-se das infinitas possibilidades de troca
No cotidiano das relações que alimentamos todos os dias...
Ao me deparar contigo, com a beleza do teu mundo
Constatei como o segundo conceito faz sentido
Como é possível apenas SER para TER tanto de alguém
Nos gestos, no olhar, no simples sorriso que encanta
Uma alma que se descobriu surpresamente disposta
A encarar novamente a aventura de se entregar...
Sua presença é ansiada a cada momento,
Por sua característica agradável, divertida e voluptuosa!
Me envolver nos seus braços, deitar no seu peito
Sentir suas mãos percorrendo meu corpo de formas tão variadas
Fazem de mim uma mulher plena de prontidão
Para as bênçãos divinas, para os presentes de cada dia
Para felicidade que o nosso encontro foi capaz de proporcionar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Transição

Sensação de euforia e ao mesmo tempo de ansiedade
Invade meus pensamentos, confunde os sentidos
Me pego sorrindo sozinha olhando para o nada, em stand by
As experiências emergem na tela mental
Tanta vivência e sinto o coração ainda como uma criança...
Sofremos a pressão dos condicionamentos
E ainda que sejamos pensantes, sucumbimos
Nos percebemos algemados às convenções comuns
Sobre como ser, como agir, como conceber o mundo
Na ânsia de ser aceito como é e ainda poder ter orgulho disso
Socorro! Pára, eu quero descer...
Nesta roda viva de emoções, a espontaneidade perde espaço
Para o jogo de quem se arrisca mais, de quem é mais habilidoso para ser flexível
E aprender todas as artimanhas da arte de conviver consigo e com os outros...
Diante deste paradigma me permito parar
E buscar na fé a coragem de me olhar por dentro
De me reconhecer digna de respeito, por mim mesma
Aceitar minha história, ter amor por ela
Continuar escrevendo as páginas deste livro mágico
Todos os dias, com determinação!
Eu quero mais, muito mais do que até hoje obtive
Porque agora me reconheço presente neste processo
 Sou atriz principal, deixei de ser a coadjuvante do meu destino
Tomei as rédeas da minha insensatez
Para fazer escolhas mais coerentes dentro desta transição
De expectadora para autora da minha própria felicidade.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Confissões

O que significa conhecer a intimidade de alguém
Saber seus segredos mais ocultos
Compartilhar seus pensamentos mais bizarros
Desnudar uma alma apenas com um olhar...
Ter este poder não está nas mãos de qualquer um
Depende da sinergia, do encontro, do quanto se permite invadir
Um momento de interação real, profundo
Capaz de alinhar dois indivíduos
Na vibração de uma só verdade!
Se permitir dizer tudo que sente, confessar
Sem ter medo do ridículo, do julgamento
Olhar o outro como um reflexo de si mesmo
Tamanha a conexão que permite esta experiência singular...
Mexe tanto com emoção
Faz inebriar os sentidos, provoca o êxtase
Desperta sentimentos tão intensos, que não há explicação
Para descrever a ventura que é viver tudo isso... ainda que uma vez.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Inspiração

O que te faz sentir-se inspirado?
Uma música tocando num ritmo gostoso
Uma brisa que te toca a face
Um passarinho que te acorda suavemente
Uma flor que timidamente brota no seu jardim...
Tanta coisa singela pode despertar um olhar mais sensível
Mas outras te tocam de uma maneira especial
Despertam no coração um desejo de se manifestar
De expor este sentimento de satisfação
Ao perceber que é preciso tão pouco para sentir-se bem...
Há um dispositivo interno que é acionado quando menos se espera
Pode ser procurado, estimulado intencional e terapeuticamente
Mas que entra em erupção num processo de amadurecimento
Às vezes tranqüilo e muitas vezes repleto de tropeços...
Hoje o meu dispositivo inverteu a sintonia
Tão naturalmente que me assusto!
Sinto-me vulnerável a mais simples provocação
Que me faz querer explodir em sorrisos
Em palavras de júbilo, em longas conversas de reflexão...
Desejo continuar assim, nesta metamorfose constante
Encontrando pouso nas folhas brancas do meu monitor
Para escrever sobre tudo que faz vibrar a minha inspiração.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Saindo do casulo

Hoje o dia se descortinou diferente...
Tinha mais brilho no sol que entrava pela janela do meu quarto
Uma luz diferente me convidava a levantar
A sair da inércia de uma vida ordinária
Para aceitar a dinâmica dos reveses e das descobertas inevitáveis
Que a cada instante estamos sujeitos...
Vivi muito tempo no casulo, mas ele se desmanchou
Passou do seu tempo de ser invólucro
E eu me vi exposta de repente, nua
Diante da minha própria complexidade
Da necessidade de interagir com o externo
Com as sensações e as energias metafísicas
Nas quais imergimos involuntariamente, apenas por estarmos vivos...
É a constatação do “não tem jeito”
Ou a simples entrega para um propósito maior:
Não se ver como obra do acaso
Mas de uma conspiração muito mais ousada
Engendrada pela mente do Universo...
Meu Deus, como é bom reconhecer-me parte da Tua Criação
Me ampara nesta nova jornada de borboleta
Para que eu aprenda a voar com minhas próprias asas
A desbravar novos horizontes íntimos
Sem medo de ser feliz.